O Barco com Poetas
Os poetas acreditam ser um barco
E entram nele
Permita-me também eu embarcar neste barco
Avançando sobre as ondas do tempo
Sem que o mastro se arqueie
Sem que haja a necessidade de se mover do lugar
Porque o tempo passa cada vez mais célere
À volta do barco
Os poetas esperam, se recusam a dormir
Se recusam a morrer
Para não perder o último momento
Quando o barco se desprender da costa
Mas o que é a imortalidade se não
Este barco de pedra
Que espera com inabalável tenacidade
Aquilo que nunca se realizará?
Poetisa: Ana Blandiana - romena -
Tradução: Ana Santa de Paulo
Digo que esse poema reflete a tristeza de milhões de brasileiros que tentam escapar do comunismo, do popuplismo barato, da destruição do nosso modo de vida, da nossa cultura...Ana está triste com a invasão comunista no seu país. Foi presa impedida de escrever, de estudar. Mas ela venceu. Venceu também as barreiras políticas da infâmia comunista. Sua luta foi a de um navegante num barco que estva à deriva, indo para um buraco ainda mais fundo e incompreensível para ela, uma alma sensível, honesta, dedicada à verdadeira cultura artística: o BEM, o BELO - de verdade. Fiquei feliz em descobrir Ana Blandiana. Que
Deus a proteja!
Os poetas acreditam ser um barco
E entram nele
Permita-me também eu embarcar neste barco
Avançando sobre as ondas do tempo
Sem que o mastro se arqueie
Sem que haja a necessidade de se mover do lugar
Porque o tempo passa cada vez mais célere
À volta do barco
Os poetas esperam, se recusam a dormir
Se recusam a morrer
Para não perder o último momento
Quando o barco se desprender da costa
Mas o que é a imortalidade se não
Este barco de pedra
Que espera com inabalável tenacidade
Aquilo que nunca se realizará?
Poetisa: Ana Blandiana - romena -
Tradução: Ana Santa de Paulo
Digo que esse poema reflete a tristeza de milhões de brasileiros que tentam escapar do comunismo, do popuplismo barato, da destruição do nosso modo de vida, da nossa cultura...Ana está triste com a invasão comunista no seu país. Foi presa impedida de escrever, de estudar. Mas ela venceu. Venceu também as barreiras políticas da infâmia comunista. Sua luta foi a de um navegante num barco que estva à deriva, indo para um buraco ainda mais fundo e incompreensível para ela, uma alma sensível, honesta, dedicada à verdadeira cultura artística: o BEM, o BELO - de verdade. Fiquei feliz em descobrir Ana Blandiana. Que
Deus a proteja!