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Ás vezes só fico conspirando contra mim mesma sobre tudo o que se passa aqui

Sobre tudo que se importa e tudo que me fez sorrir

Sobre os momentos frios em que cada pedaço do meu corpo tremeu

Em cada momento que o ar por um momento se torno tão denso que falhou e morreu

E eu aqui uma solitária em um canto mais escuro que as própria palavras ditas

Um murro

Um sussurro

Que as paredes simplesmente me compreenderam assim

Sem fim

Meus movimentos já nem importam pra ti

Se eu paro por um momento ainda consigo escutar sua voz

Grave e presente que me presente atroz

Mergulhei em lagrimas mais profundas que o oceano

Mas escuras e frias do modo que amo

E foi como agulhas perfurando meu corpo

E pouco a pouco

Meu desencontro cedeu

E morreu

Dentro de mim aquilo que tão bom era seu

E foi como uma bela despedida

Digna de uma de suas escritas que eu lia de noite antes de dormir

Pois é

Agora durmo aqui

No canto que você e eu, esqueci

Mas não me procure mais

Não me procure de nenhum jeito

Se um dia fizer

Estou na lapide direita ao seu peito

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 27/10/2017
Reeditado em 27/10/2017
Código do texto: T6154778
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