Renda-se

Renda-se ao encanto

Por um desencanto adormecido

Desperta um sentido e nuance

Embora jamais tenha sofrido

Angústia, deserta e efêmera

Penumbra de lócus, apenas

Instinto semblante perdido

Busca de um olhar, declínio

Eleva, desperta um relato

Acaso decisivo e relapso

Descreve seus passos cedidos

Inscritos em memórias do passado

Nocivo, eterno em ancorar

Margens atuam meu impulso a findar

Esferas descrevem um mundo sem hora

Aguardando um triste fim lhe convocar

Verdade ao vento, um sopro

Renúncia e desastres, transporte

O suspiro de esperança deposto

Evocado no sopro, ainda que na morte...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 12/11/2017
Reeditado em 13/11/2017
Código do texto: T6169332
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