A REVOLTA DAS CINZAS [02]

Minha alma tão lenhosa,

Minha chama viva e oleosa,

Ai! ardia lunares da fumaça penosa,

presa ao chão braçal arenosa.

Virei cinzeiro e unção suavíssima,

Sem vida, coração carregadissima.

Tornei-me luto fugaz e ferocíssima,

Tanto em cantos da alma crudelíssima

[ o regresso das lenhas soterradas]

lenha içada ao ar e chama vital,

Pele de gazela escaldante ao quintal,

lá vão, vindas em cânticos louvores,

aquecendo o calcanhar das cores

Do ritual, cirandas e sinfonias

que ouvem a vir, a reluzir, sintonias

imortais da lenha, palco das etnias

sem cor, nem raça, mas sim das crias históricas ao mundo das glorias.

In almas das cinzas [extendida]

Baseada em cultura Moz.

By Calvino, at 01:41 AM

Kalvino Matsolo
Enviado por Kalvino Matsolo em 24/11/2017
Reeditado em 25/11/2017
Código do texto: T6181358
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