(SEM TÍTULO)

Quando eu entardecer definitivamente

E for noite, um céu sem estrelas,

Podem imediatamente me esquecer.

Decerto não estarei em nenhum lugar,

Serei eterno passageiro

De uma viagem interminável para o estrangeiro,

Com passagem somente de ida,

Partindo desta estação que se chama vida ou nada,

Pouco importa.

Que levarei? Que não levarei?

Dispensável qualquer bagagem

Porque neste lugar aonde irei

Não existe saída, tampouco sei por onde entrarei;

Neste lugar eu permanecerei em forma de silêncio

E me dissiparei em garoa e esquecimento.