PRIMEIRO POEMA DO ANO
 
É um transbordar de tristeza profunda
Pelas ruas, vales e montanhas
Sob o céu azul e  límpido
Poeira suja invade os lares
Contamina, engole a esperança
 
É o apunhalar da adaga da discórdia
Dilacera as bordas, separa, provoca a ira
Dor profunda reina silenciosamente
Enfraquece o olhar, que segue cego,
Apenas segue
 
É um vai e vem sem sentido
Mãos sujas no comando
Intocáveis
O poder que mata um a um
Sorrateiramente
 
É o agonizar de uma nação
Que é forte e sorri
Quando só queria chorar
 Desorientada, não sabe em quem acreditar
Esbravejo ecoa um suspiro contido
É o anunciar
O pior está por vir
A união do povo não conteve
A voracidade, a sede por poder
Sentada no trono, reina a injustiça
 
O primeiro poema do ano
É o despertar
O olhar da realidade atrás da paisagem
É a constatação da nuvem negra
Engolindo nossos verdes campos
 
O primeiro poema do ano
É o suplício da nossa Pátria
É a constatação
Fortalecimento do mal
È apenas uma lágrima perdida
 
 
Copyright © 2018 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida
Marcela Re Ribeiro
Enviado por Marcela Re Ribeiro em 01/01/2018
Código do texto: T6214011
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.