Alma negra Versos pobres

Que adianta saber o que quero,

Se só quero quem não posso poder.

E quem me pode querer, quer

Contudo não me pode ter.

Tão grande a tristeza que toma conta de meus atos,

Da minha mente e minha poesia,

Que ao fim de cada verso, esqueço os cognatos

Coisa que normalmente não faria.

Versos pobres como me permite o pensamento

Abalado pela melancolia da minha alma,

Que já é um peso maior do que agüento.

Mas escrever e contemplar muito me acalma.

A cada linha vejo na escuridão da tinta,

Refletir o negrume retinto de minh'alma.

Rodrigo Rosas
Enviado por Rodrigo Rosas em 28/08/2007
Reeditado em 28/08/2007
Código do texto: T627895