Tentação de ícaro

Dentre diversos momentos que vivi e outros que ainda viverei,

Alguns se sobrepõe.

Eu cruzei com um alguém,

E de fato foi magnífico,

Nos chamávamos de Raio de sol e grande lua,

Eu era esse primeiro,

Me parecia justo quando falado por ele,

Pois eu me sentia o próprio sol em sua companhia,

Podendo iluminar um mundo,

O meu mundo,

Ah cara,

Isso é nostálgico, dramático e frustrante.

A verdade é que eu só me tornava o sol quando com ele,

Estar aqui escrevendo essa poesia denota que não brilho mais,

O denominei como grande lua,

Quanta tolice,

O tempo passa e só tenho a certeza de que nunca fui sol, nem raio, nem dele,

Nunca cheguei a iluminar alguém,

Ao certo, a lua aqui sou eu,

Que sem sol não brilha,

É apenas um satélite natural em sua órbita,

O sol sempre foi ele que com ou sem eu,

Continua brilhando,

Continua emanando raios e mais raios na vida dos demais.

O que me resta é escrever...

Dione Coimbra
Enviado por Dione Coimbra em 01/08/2018
Reeditado em 01/08/2018
Código do texto: T6406318
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