Tentação de ícaro
Dentre diversos momentos que vivi e outros que ainda viverei,
Alguns se sobrepõe.
Eu cruzei com um alguém,
E de fato foi magnífico,
Nos chamávamos de Raio de sol e grande lua,
Eu era esse primeiro,
Me parecia justo quando falado por ele,
Pois eu me sentia o próprio sol em sua companhia,
Podendo iluminar um mundo,
O meu mundo,
Ah cara,
Isso é nostálgico, dramático e frustrante.
A verdade é que eu só me tornava o sol quando com ele,
Estar aqui escrevendo essa poesia denota que não brilho mais,
O denominei como grande lua,
Quanta tolice,
O tempo passa e só tenho a certeza de que nunca fui sol, nem raio, nem dele,
Nunca cheguei a iluminar alguém,
Ao certo, a lua aqui sou eu,
Que sem sol não brilha,
É apenas um satélite natural em sua órbita,
O sol sempre foi ele que com ou sem eu,
Continua brilhando,
Continua emanando raios e mais raios na vida dos demais.
O que me resta é escrever...