De que és morada afinal, Stanislaw Balner?
Dentro de mim mora um marmanjo
que gosta de anjos sem asas,
de botões fora das casas
corações tocando banjos;
mora um marmanjo malandro
entre cobras e lagartas,
borboletas em casulos e meandro
em que tu, mulher fique e não partas
em incomensuráveis distâncias
que me encham de vazios
e aumentem meus estios
em arte de não preencher hiâncias;
mora um marmanjo escarmentado
que já conheceu Carmem e Heloísa,
que já bebeu absinto e brisa
e atravessou o nada a nado.
Dentro de mim mora um marmanjo
que gosta de anjos sem asas,
de botões fora das casas
corações tocando banjos;
mora um marmanjo malandro
entre cobras e lagartas,
borboletas em casulos e meandro
em que tu, mulher fique e não partas
em incomensuráveis distâncias
que me encham de vazios
e aumentem meus estios
em arte de não preencher hiâncias;
mora um marmanjo escarmentado
que já conheceu Carmem e Heloísa,
que já bebeu absinto e brisa
e atravessou o nada a nado.