Pandemônio

Espirais giram, enfermos cantos

A podre flor dos desencantos

A negra dor, escuro mal

A fome, a dor, o desigual.

Teu belo e tosco traço esposto

o teu disforme ondular

Se comparado ao meu esboço

torna difícil reparar.

O fim, o traço do começo

O meu completo desenhar

Se não entendo, não conheço

Eu não aprendo a cantar.

Neste abraço eu me desfaço

E neste choro eu me entrelaço

É nesta chama, eu conto história

Tristeza é minha memória

Lian Abbagliato
Enviado por Lian Abbagliato em 22/02/2019
Código do texto: T6581660
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