Ao meu pai
Joaquim de Castro Junior.
Na sua ultima morada...
Violada pelo descaso,
Onde o poder público
É desprovido de sentimentos.
Não se dignam procurar
O que é verdadeiro ou justo?
Apenas o dinheiro importa.
Com isso sofremos injustamente.
Papai hoje você não tem:
Sua campa fria, seu derradeiro leito.
Apenas lembranças na memória,
Surge e são a cada instante refeitas.
Por ironia, ou acaso, ou destino...
A cidade que adotou por sua
Foi a que destinou seus ossos...
A uma ossaria. Sem questionar?
Seus familiares nada sabiam...
Indgnados ao ver o Campo Santo,
Que sua morada ali não mais existia.
Em seu lugar outro agora ocuparia.
Injustiça se faz todos os dias...
Foi condenado e morto por não querer,
O lixo da cidade como seu vizinho.
Agora impedido de ter sua ultima moradia!
sua filha Cilene.