Ao meu pai

Joaquim de Castro Junior.

Na sua ultima morada...

Violada pelo descaso,

Onde o poder público

É desprovido de sentimentos.

Não se dignam procurar

O que é verdadeiro ou justo?

Apenas o dinheiro importa.

Com isso sofremos injustamente.

Papai hoje você não tem:

Sua campa fria, seu derradeiro leito.

Apenas lembranças na memória,

Surge e são a cada instante refeitas.

Por ironia, ou acaso, ou destino...

A cidade que adotou por sua

Foi a que destinou seus ossos...

A uma ossaria. Sem questionar?

Seus familiares nada sabiam...

Indgnados ao ver o Campo Santo,

Que sua morada ali não mais existia.

Em seu lugar outro agora ocuparia.

Injustiça se faz todos os dias...

Foi condenado e morto por não querer,

O lixo da cidade como seu vizinho.

Agora impedido de ter sua ultima moradia!

sua filha Cilene.

Cilene de Castro Dano
Enviado por Cilene de Castro Dano em 24/09/2007
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