Amar sem ser amado
Quase desmantelado, nem sombra de outrora
Uma simples face apagada de algúem
Caminha de forma mecânica, não sorri e tampouco chora
És de matéria palpável, mas pertence ao além
Corpo de concreto, alma de cetim
Teu tecido se desmancha e se recompoe
Teu âmago não se emociona, nem quando o Sol se poe
É indiferente ao cheiro de um belo jasmim
Quem és, sombra ofuscada? De onde vieste?
Teus olhos transcendem a realidade
E só depois descobriu-se a verdade
Era da vida amigo, uma alma de brilho ímpar
Mas tornou-se esta concha vazia, de traço perdido
E que outra coisa seria se não um coração partido?
Porque é verdade o que dizem, nao duvide jamais
Amar sem ser amado, é cruel por demais