SÍNDROME DA ASPEREZA

Síndrome da aspereza; áspera indelicadeza, de uma química maquiavelesca de uma Nau carnavalesca, bufão, burlesca que não tece senão velhos e rotos tecidos de uma perfida necrose fetida, dantesca...

De uma realidade sem realeza que insulta a própria beleza.

Aspiro esse Asperger e não mais respiro, senão essa dor urticante e ávida pelo pouco de vida que me resta nessa festa de anjos decaidos, feridos, demais renascidos da dor que não se estanca e que caminha manca pelas vias tortuosas de uma volúpia anorgastica e patética.

Curitiba, 5 de maio de 2020.