DAS PÁGINAS DO DIÁRIO
Ysolda Cabral


Hoje, aquele que chamo
de tambor do encantado,
está quase parando no peito.
Tão confuso e atrapalhado,
sem saber o rítmo certo,
declinou do compasso,
e, da alegria, o jeito...

Eu entendo e não reclamo.
Sei do seu sofrimento...
Prefiro lhe dar um tempo.
Enquanto isso o amor eu chamo,
e, ele vem na voz do Vento,
repetindo eu também amo.
E assim eu vou seguindo...

No peito, o tambor do encantado,
acelera um pouquinho reanimado,
batendo mais forte e satisfeito.
Enxugo as lágrimas e me levanto.
- Ainda estou aqui! Agradeço.
E, continuo a espera de atenção,
mesmo sabendo que já vou indo.

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Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.


* Imagem ilustração Ysolda