Poesias de um homem sem esperança
Poesias de um homem sem esperança
A minha alma se afogou em delírios
Sou hoje um escravo das minhas paranoias
Nas noites de insônia
Aonde a depressão e as angustias
Transformam-se em Poesias
Afogo-me em álcool na tentativa miserável
De encontrar a mim mesmo
Tudo o que eu vivi
vivi em agonia;
Sinto-me um monstro
Por não conseguir ama-los
Sem feri-los na mesma proporção
Sou a miséria que se alastra pelo mundo
E ao mesmo tempo não sou nada
além de um verme qualquer
E como eu poderia ser alguma coisa?
Se falhei em tudo!
Falhei como filho
Falhei como amigo
Falhei como namorado
E hoje não há suicida
Que não queira ser eu
Tenho medos que não se explicar
Paranoias que tampouco consigo entender
E em meio a toda esta tragédia
Que compõe a minha vida
Sobraram-me somente os sonhos
Que eu sei que nunca vou realizar;
Quando eu tirar a minha própria vida
Deixarei um sorriso no rosto de cada um de vocês
Para que se lembrem do homem
Que eu nunca fui
Mas que sempre tentei ser...
No inferno
Serei recebido por Lúcifer e Afrodite
Contarei a eles
Segredos que jamais deveriam ser revelados ao mundo
Morrerei como um Poeta
Ainda que tenha vivido como um verme
Nos confins do universo
Aonde as estrelas já se apagaram
E a morte chora em silencio
Recitarei a minha última Poesia...
Para que cada suicida
Filósofo ou Poeta
Ao se encontrarem com a morte
Sintam o abraço frio
Das estrelas que já se apagaram (...)
- Gerson De Rodrigues