DIA DE FINADOS

Hoje procuras entre alamedas silenciosas

Levando nas mãos as flores que negastes

O sepulcro das recordações lacrimosas

Onde repousa o amor que desprezastes.

Em passos lentos pela idade avançada

Levas no rosto marcas de arrependimento

Ciente de que a beleza física não é nada

E que fatalmente se acaba com o tempo.

Sobre a campa o retrato estampa o sorriso

E o olhar brilhante que teu rosto refletiu

De quem viveu para te oferecer o paraíso

Mas que por desilusão à tristeza sucumbiu.

Molha a mármore fria teu pranto convulsivo

Ao ver na lápide teu nome em letras garrafais

E a frase de um sentimento indestrutível...

" Aqui jaz aquele que te amou demais! ".

Rio de janeiro, 02 de novembro de 2007

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FalcaoSR
Enviado por FalcaoSR em 02/11/2007
Reeditado em 08/04/2010
Código do texto: T720625
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