Dos espinhos e pedras

Todas as vezes que eu tento dói demais,

Melhor não tentar de novo.

Melhor esquecer que é possível,

entender de uma vez que é impossível.

Tem um nó na minha garganta,

tem uma lágrima teimosa enquanto escrevo.

Nunca vi ninguém,

nunca encontrei ninguém.

Passo sem marcar,

passo por passar.

Ninguém nunca me viu,

ninguém me nota.

A cada passo só espinhos,

tentei mudar de caminho,

mas os espinhos foram junto.

Às vezes tem uma pedra no caminho,

mas sempre tem espinho...

De nada vale querer,

se não é possível ter.

Tudo que não posso contar escrevo,

mas faltam palavras para tanta dor!

Haveria um outro mundo,

onde a vida doesse menos?

Não tenho força nem vontade de me esforçar.

Fora isso, pago minhas contas, leio meu jornal.

durmo, acordo, e durmo de novo.

Com vontade de não acordar...