Tristeza Natalina

Matei, sem chance de escapatória

Agi de maneira inconsciente

De tanto deixar minha felicidade do lado de fora

Hoje estou vivendo perambulando em consequência

Menti quantas vezes para viver a ilusão?

Parecia agradável aos olhos, tão intensa

Não passou de uma miragem bem distante

Coração hoje de encontra despedaçado,

Buscando incessantemente meu pedido de perdão

Como se eu, ignorante que sou, fosse curar o que ele sente.

Em clima natalino me pego chorando

Cena inimaginável aos olhos de uma criança

Despertei-me já indisposto a sorrir

E cá estou, escrevendo, almejando o fim.

Passe logo, ano, passe

Já não suporto mais viver sempre à metade

Quero ter o devaneio de um novo ano agradável

Apenas para suportar a dor que sinto na verdade.

Lá em meu quintal se encontra enterrado minha infância

A felicidade já se encontra enraizada logo abaixo

Quero sentir nos lábios o sabor da esperança

Para respirar sem o desejo de dar cabo.