CLAUSURA

Hoje vou-me dar à mudez da noite mais quieta,

À solidão dos recantos mais desertos, distantes,

À melancolia das mais frias madrugadas.

Hoje me esconderei profundamente em meu umbigo,

Me alhearei completamente ao mundo à volta,

Como se nada jamais houvera além de mim e do desejo

De estar quieto, ouvindo as notas inauditas

Da inexistente canção trazida

Do fundo da noite tão calada.

Barão da Mata
Enviado por Barão da Mata em 21/04/2023
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