O silenciar dos pés
Sinto um ímpeto
Íntegro
Vulnerável à
Sonífero
É sofrível
Canalizo ele
Em dança
Lambança
Coisa de
Criança
Dentro de
Choupana
Minha garganta
Canta
Encanta
Faz ciranda
Aos ouvidos do mal
Ela desencanta
Olhos observam
Com avermelhado incômodo
Ouvidos tentam abafar
Barulho irritante
Com zumbido
Quando não conseguem
Recorrem ao ranger de dentes
Com o intuito de disfarçar o barulho
Até durar o estoque de cálcio
As mãos foram ao resgate
Oferecendo a mim pequeno doce
Branco, pequeno, ligeiramente amargo
Rápida dissolução em minha boca
Voraz dissolução de meu ímpeto
Me torno primeiro habitante
Do meu estado vegetativo
Sou único portador de memórias
Adornadas em felicidade
Dos momentos nos quais
Transformei meu ímpeto em arte
E último executor de maravilha
Condicionada apenas por único combustível
Dentro de mim