O silenciar dos pés

Sinto um ímpeto

Íntegro

Vulnerável à

Sonífero

É sofrível

Canalizo ele

Em dança

Lambança

Coisa de

Criança

Dentro de

Choupana

Minha garganta

Canta

Encanta

Faz ciranda

Aos ouvidos do mal

Ela desencanta

Olhos observam

Com avermelhado incômodo

Ouvidos tentam abafar

Barulho irritante

Com zumbido

Quando não conseguem

Recorrem ao ranger de dentes

Com o intuito de disfarçar o barulho

Até durar o estoque de cálcio

As mãos foram ao resgate

Oferecendo a mim pequeno doce

Branco, pequeno, ligeiramente amargo

Rápida dissolução em minha boca

Voraz dissolução de meu ímpeto

Me torno primeiro habitante

Do meu estado vegetativo

Sou único portador de memórias

Adornadas em felicidade

Dos momentos nos quais

Transformei meu ímpeto em arte

E último executor de maravilha

Condicionada apenas por único combustível

Dentro de mim

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 08/05/2023
Código do texto: T7783211
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.