Melancolia fugaz

Melancolia? Baixa estima?

Algo indefinido toma-me por inteira

Sei lá! Lembranças tristes...

Que droga! Que besteira!

Passadas ou atuais

Elas insistem em aflorar

E entrego-me à lástima, ao choro.

Quero minha alma lavar!

E deixo-me, por instantes levar-me,

Para os braços de tristes recordações.

E choro! Choro por tudo!

Quero extravasar todas as emoções.

Mas porque ou por quem choro?

Eu me pergunto, e não sei?

Mas no fundo do meu ser

Sei que choro, pelo que não realizei.

Até pelo o NÃO direito de chorar,

Pelo o que não amei

Pelo o que acho que perdi

Por tudo o que não me dei.

E continuo chorando...

Pelo o que não pude conseguir

Pelas dificuldades dos caminhos

Para os meus objetivos concluir.

Onde estou eu agora?

Eis eu aqui lutando

Pelo direito que tenho

De continuar chorando.

E isso me dói muito

Não dar-me esse direito

Sempre me boicotando

Sufocando-os dentro do peito.

Chorar não leva a nada.

Ninguém se importará

Limpeza de minha alma?

Será que alguém notará.

E quem enxugará?

Se minha alma toda molhada ficar?

Somente eu, eu sei.

Preciso me controlar...

Isso é melancolia?

Ou apenas um triste lastimar?

Não tenho tempo pra isso...

Preciso a vida continuar.

E, o porquê desses momentos.

Ainda me é obscuro.

Vasculhando o meu ser

Seguindo a minha vida; eu procuro...

Nadia Silveira
Enviado por Nadia Silveira em 17/12/2007
Código do texto: T782443
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