Indiferente

E de uma torrente afetiva, embota-se

uma indiferença pós-tormenta,

acende-se a possessão da mente

nos resquícios dum momento delirante.

Dez vezes baleado pela culpa,

onze desinteresses por ser baleado,

farelos da indiferença sobre a lama

titubeados pelo corpo apático.

São ossos molhados pelo escorrer do sentir;

Hão de investigar as peripécias deste mundo,

assim, apascentados nas migalhas da verdade,

o meu diário da morte estará escancarado

a tantos juízes desta vida.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 01/08/2023
Código do texto: T7851365
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