POESIAS SEM LEITORES.

POESIAS SEM LEITORES.

Tua voz não mais ouvirei, teus abraços

Teus conselhos, teu esmero com a aparência

Tua consciência justa, teu olhar de reprovação.

Sei que outros, maus, te julgarão

Quiçá a inveja perdera seus cabaços

E as pedradas demonstrem a incompetência

De um humano que é tão perfeito quanto o erro

E tão vaidoso como Frankenstein.

Assim, o ódio tem seus fractais de amor de influência

Como um pastor que prega a paz com um fuzil na mão

O homem ainda é um micróbio, bactéria voraz

E como tal, é um estrondoso fardo de decrepitudes

Despejando tua beleza d’alma num aterro

E puxa feliz tua carroça, se achando um Einstein.

A dura infância sem pai, trouxe-lhe cedo a experiência

A responsabilidade de laborar para o pão

Era o teu brinquedo que não dá cartaz

Donde o homem tem de ser forjado por tuas atitudes.

Vi teus braços, antes fortes e firmes, hoje cansados e falidos

Teus vigorosos passos já não andam mais

Só com a ajuda de outros animais

Que de tristezas, também são abatidos.

Vidas são poesias sem leitores, e o universo, é seu credor

E sei, que só os que têm saudades, sabem o que é dor.

CHICO BEZERRA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 18/09/2023
Código do texto: T7888825
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