A visita
Se é conveniente ou não, ele vem me visitar
Há quem o chame de mashhit ou Azrael
Eu costumo o chamar de velho amigo
Durante suas visitas, ele segura minha mão
Me envolve em seu manto negro
Me apunhala no peito e me consome com o frio
Ó anjo conhecido pela destruição
Tira-me daqui
És mesmo tu o causador das atrocidades desse mundo?
Eu duvido
Livra-me desse sofrimento que é viver em meio à escória de Deus
Eu imploro
Ridicularizando minha dor ele se vai, levando tudo
A felicidade. A tristeza. O amor.
Deixando apenas um buraco aberto em meu peito
Mergulhado em meu próprio sangue me despeço
Até a próxima visita, anjo amigo
E assim é minha morte de cada dia