TRISTE OLHAR

Uma criança triste,

Num balanço

Tentando esquecer traumas, pesadelos...

Queria ser tratada com desvelo.

Como num balanço

A vida a sacudiu

Com bastante intensidade,

Mas ela não desistiu.

Empurrou-lhe tão forte que,

Às vezes, mal podia respirar.

Recobrava o fôlego,

Pois precisava continuar,

Queria esquecer as dores

Que carregava no triste olhar.

Algumas dores não são traduzíveis,

Transcendem palavras,

Não são vistas pelos outros.

Apenas Jeová que esquadrinha todo seu ser

Sabe o tamanho do seu padecer.

O motivo de cada lágrima derramada,

Cada dor sufocada...

As feridas são profundas,

Mas a vida faz suturas,

Disfarçando as amarguras.

Zélia Oliveira

Zélia Oliveira
Enviado por Zélia Oliveira em 11/02/2024
Código do texto: T7997077
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