Noite sem estrelas
Em comparação ao vasto leque de universos
Os meus atos são tão insignificantes
Deste, o que mais me parece útil
E o de derramar sangue nessas linhas brancas
Na tentativa boba e vazia de cessar a dor
Que assola os cantos mais frios de uma
Existência dominada por tempestades
Intermináveis de sentimentos mortos
Dentro do meu quarto acuso fortemente
A minha existência, e com os olhos jorrando
Um sangue, grito, QUANTO MAIS?
Quantas lágrimas precisam cair mais?
Quantas memórias mortas precisam se reanimar?
Quantos gritos de desespero precisam ser calados?
Quantas vezes mais choverá na minha mente?
Quantas vezes mais a dor virá me acordar?
O quanto mais morto eu preciso estar para que a dor vá embora?
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FELIPE,luis