Morfina de AMOR!
Como amar se eu não posso amar?
Como querer se a vida interromperá o momento?
O que fazer para fazer o tempo parar?
Que pecado cometerei se eu pedir a Deus um segundo, um viver?
Não consigo encontrar uma saída para esvaziar meu sentimento
Cada espaço preenchido é uma deslumbrar, é uma fuga.
Estou desesperada ao vê-lo ir, deixar a matéria para sempre;
Minha alma desejando viver com ele o inesquecível...
E a dele tão viva tão pura, tão silenciosa, iluminada.
Mudaria o rumo dos tempos se pudesse, só pra ser amada,
E a morte me acompanha fria e cruel
Sem esperar um instante pelo amor, buscando o fim, o infinito!
Eu vou ficar aqui a lembrar da oportunidade que nunca tive,
E que se tiver padecerei, morrerei junta aquela alma.
A imagem ficará marcada em meu coração
Aquele olhar que tanto transmite se apaga com os dias;
Suportar é um desafio que cresce e meu único poder é a oração.
Nessa vida não...
Minha respiração demora e junto aquele que morre sempre
Procuro da um beijo de morfina e enviar aquelas veias sossego;
Dou o meu calor e mesmo assim ao redor a dor te espera.
Eu queria uma tarde pra mostrar o rio, as águas que passam;
As alegrias, uma lua cheia pra ativar os raios do amor;
Os elementos que preenchem a vida eu te daria de presente hoje.
Só pra ver o seu peito demonstrar um suspiro sem dor.
Mais eu vou lembrar de você por todo o sempre...
E eu vou viver a música que aquece a vida e te buscar
Até onde Deus me permitir... Até onde meu coração puder chegar,
Porque aceitar a perda é uma dádiva que Deus dá aos escolhidos.
Dedico este poema a dois amigos que estão se amando, e um deles irá partir daqui a algum tempo, pena que esse romance nasceu de cuidados médicos, um dia só foi o essencial para nascer o sentimento, que será impossível nesta vida. È duro até pra quem estar perto presenciando a cena de uma grande historia de amor.