CINZA

Sempre cinza a manhã

Sempre cinza o meu humor

Cinza a pobre e suja lã

Cinza também o meu terror

Meu sarcasmo que presencia a glória alheia

Fere também a mim no casulo cinza e transparente

Assim talvez seja a lua cheia

Que se exibe mesmo decadente

A lua não tem o que sentir

E a todos culpa de sua frieza

Muitas vezes se recusa de partir

Por isso cinza é minha tristeza

Seu olhar inquisidor ainda me mata

Saiba que minha dor é produto seu

Eu te confesso amor e você desata

Então fiz o cinza com o resto que me deu

Janicris Rezende Januzzi
Enviado por Janicris Rezende Januzzi em 25/01/2008
Reeditado em 25/01/2008
Código do texto: T831956
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