Ruas

Ruas

As ruas de minha cidade estão molhadas,

Águas caem desde a noite de sexta-feira,

Lavam as ruas, lavam a alma.

As águas saem das minhas entranhas,

Percorrem meus olhos se instalando nas

Nuvens, molham as ruas que participam

Dos meus sentimentos.

Não me importa lá fora a turba de agitação

Que passa por elas, sei que há e são invisíveis

Aos meus olhos e ouvidos.

Só ouço o barulho dos pingos grossos caindo,

Existe penumbra em meus olhos pelo pensamento

Longínquo, penso naquela árvore florida onde

Deixei quem amo, numa rua estreita e sem beleza.

O céu está branco sobre a rua solitária por onde ando,

Sei que há promessas feitas pelos humildes corações

Que povoam casas, há sonhos, ilusões, amor...

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 27/01/2008
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