SILENTE DESPEDIDA

SILENTE DESPEDIDA

Murmurar silente, a chuva cai

Dos olhos rolam lágrimas

Adeus a um amor que se vai

Prostrada à porta, tarde pálida

Lividez de pele, tudo fere

Que se detenha a fria lua

Para não ofuscar a criatura

Em tanta apatia, interfere

Permita que ali permaneça

Deixe-a enterrar as dores

Na soleira por onde entrou amores

Que se cure ou adoeça

Com a cabeça á chuva, a lavar

A saudade que só faz maltratar!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 22/02/2008
Código do texto: T870828