APENAS UM INSTANTE

Choro...

pela inocência,

perdida na maldade da malícia,

dessa humanidade frívola,

incapaz de perceber,

a beleza que há por trás da pureza.

Choro...

pelo instante

em que a inocência se vê perdida.

E o que deveria ser o milagre da vida,

transformou-se numa lamentável agressão

psicológica e física.

Choro...

porque, nem sequer vejo tentativas

de mudanças que revertam este quadro,

tão insano e cruel,

onde crianças perderam o contato direto com o céu.

Choro...

por não poder resgatar a ingenuidade,

dos pequeninos e dos inocentes,

que desde o ventre de suas mães,

já nascem numa situação divergente.

Choro...

e penso no destino da humanidade,

na vida vazia e sem qualidade,

na ausência de esperanças,

na falta de tamanhas verdades...

Choro...

mas, também cruzei os meus braços

e nada estou a fazer.

Então choro por mim mesma,

mas também, choro muitas vezes, por você.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 17/12/2005
Reeditado em 12/03/2015
Código do texto: T87337
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