Poema do Mar Bravio

Poema do Mar Bravio

Ando chorando pelas areias da praia,

no mar, ao longe há veleiros que se arrastam

contra o vento, embarcações pequenas a deriva

enfrentando mar bravio, vento forte, chuva que

chega sem avisar provocando grande furacão.

Meu coração oprimido, olhos que não deixam a

imensidão das águas. Minhas mãos em prece

recebem toda esperança que me oprime, cada

sonho embalo no vai vem das ondas. Cada

destino dentro dos barcos, cada vida a mercê

de um vendaval gigante, sigo o roteiro da natureza

bravia, zangada, carregando sonho que se torna

inútil, leva vidas e destinos.

Quando lentamente vai se acalmando deixa um

bálsamo de frescura espumante dentro do coração

machucado, chagado, sem asas e sem horizonte.

Tudo vejo perdido ao longe dentro do breu da noite,

do alto deste penhasco posso perceber os destroços,

entender a grande loucura que se abateu. Todos se

perderam em alto mar, desta pedra posso tombar

e abraçar a morte!

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 26/02/2008
Código do texto: T876783