"A FADA AZUL".

Vi num filme um menino,

que sua felicidade achava

estar em mãos da "FADA AZUL",

assim então, ele a procurava...

Fizeram-no conhecer o amor,

e ele a amava demais, tudo que podia.

Mas, sua amada, deu-lhe do amor a dor,

cruél, atróz, que ele não conhecia...

Que semelhança, somos iguais.

Amá-las, com desespero venerá-las,

quase como idolatria, cultuá-las,

e, delas separados, choramos nossos ais...

Sou homem, não sou menino,

mas hoje, sei-me um menino.

Antes forte, confiante, decidido

hoje sou só, frágil, sem chão, perdido.

Como eu, há muitos homens parecidos.

De amores separados, somos todos meninos,

calados, quietos, semelhantes, na dor fingidos

Feridos de amor, rimos chorando, nossos destinos.

Emolduradas no abrir de nossos olhos,

primeiro as vemos, depois vemos o mundo.

Se os olhos fechamos, ou dormimos sono profundo,

eis que lá estão, em telas na mente pintadas a óleo.

Infelizmente, pior que o menino nós estamos.

Ele tinha um sonho, a FADA AZUL encontrar.

A nós, adultos, não nos é possível sonhar,

a verdade persiste, a FADA AZUL... não existe...

E não há nada que possa me ajudar,

por isso eu vivo tão triste...

Queria tanto, precisava tanto ela encontrar,

mas a FADA AZUL...de verdade... não existe...

Que pena... pra mim...

Athos de Alexandria 28-02-08.