Podre
Segui por teus caminhos
E me arranhei em teus espinhos
Caí na tua prosa
E descobri que o teu amor é propaganda enganosa
Vá embora! Feche a porta!
Não seja infantil, não seja idiota!
Quem não gosta de ser enganado espera seu próprio bem
E sabe perfeitamente que não deve enganar ninguém
É difícil resistir a tua fascinante beleza!
E suportar toda sua frieza
Agora depois de todo engano sei...
Que do teu veneno não mais beberei...
Segue tua estrada!
Não seja boa! Não seja mais nada!
Vai! Pela sombra! Sem parar! E sem fazer barulho
E cuidado pra não tropeçar nos encalços do teu orgulho
E agora depois de me ferir a todo instante,
Não se arrependa e mostre-se ainda mais ignorante!
Seja vitoriosa e muito feliz! Depois do fim...
Vá! Seja tudo, mas seja longe de mim.
Antônio Drummond de Moraes