Esmerada Por Mim

Escritos não são a minha criação

Minhas palavras são como as folhas das árvores

Respirando ofegantes sob os raios do sol

Sol que é expressão, exalação de mim

E sobre a beleza e a vivacidade de tal árvore

Pode o sol gabar-se de criação?

Ou pode esta estrela esquivar-se da responsabilidade,

Em sua doação inspiradora, duma musa?

Sim, estes verdes estandartes não vos enganem!

É em ti, mãe-terra, força criadora da vida,

Que minhas frágeis raízes penetram

E é ansiosa por reconhecer-me em ti,

Neste egoísmo comovente, que pertenço-te

Sou você, encharcada de tua seiva doce

Donde tamanha expressão de mim se alimenta

Num ciclo onde meu íntimo, assim divino, compreende

Que, entre a gestação da Mãe Deusa

E a modelagem inspiradora do sol,

A minha criação, sou eu mesma