Tecendo destinos

Ganhei ontem em sonhos
A pena que escreve as linhas da existência
Acordei com as mãos manchadas
Repletas de tamanha dormência

Rabisquei almas, reescrevi destinos,
Redesenhei a felicidade, apaguei o sofrimento
Em um livro de infinitas folhas
Que resiste independente do tempo

Em uma língua incompreensível ao homem
Escrevi uma nova história para a humanidade
Simples e sem guerras
Com a mais pura felicidade.

Acordei entre centenas de folhas
E quis a todos mostrar o que fiz
Mas alegando sofrimento
Ninguém leu, por se dizer infeliz

Com o tempo as linhas se apagaram
Ficando gravadas apenas em meu coração
E agora solitário no mundo
Tento soltá-las com a imaginação

Triste realidade,
Notei agora que a pena do tempo
Não nos trará felicidade
Pois ela reside em todos,
mas muitos...
Não encontram para ela finalidade

E o Supremo escritor
Segue tecendo páginas por toda eternidade
Corrigindo erros, usando novas cores
Para nos dar a cada dia, uma nova oportunidade.
Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 04/12/2008
Reeditado em 09/07/2009
Código do texto: T1317617
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