Desabafo...

Mais uma vez venho refugiar-me.

Buscar dentro de mim, respostas que o mundo teima em transmitir e eu displicente não percebo.

Reavaliado minha vida, meus atos e meus valores, vejo que apesar de todo sofrimento, é necessário deixar germinar uma semente de esperança.

Acredito fielmente em Deus. Faço-me forte, mas sou fraca. Mesmo assim renovo minha fé a cada dia e com isso o meu espírito se eleva.

A dor nos cega, vedando nossos olhos e perturbando nossos sentidos. No primeiro instante, até me entrego à dor. Inegavelmente é preciso seguir a diante.

Minha rasa experiência tem a concepção de que cada ser que habita esse planeta, não está por acaso. Temos missões, e “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Ou se propõe a ser.

Concordo com um trecho de um livro onde diz: “ A vida nunca pune. Ela ensina do seu jeito. Sinaliza de diversas formas, tentam advertir as pessoas provocando situações nas quais ela pode perceber a verdade, mas para os resistentes, o que se acomodam e não querer mudar, ela permite que colham os resultados dos seus enganos para que aprendam o que já estão maduros para saber.”

Com toda intensidade dos acontecimentos, ratifica essa teoria com ainda mais veemência.

Como preço alto que pagamos por não perceber esses sinais que o mundo nos apresenta, está fortemente ligado à dor de quem Amamos.

Estamos interligados, uns aos outros, mas cada um com seu destino e sua missão intransferível. Não atribuo que a morte seja punição, como tampouco fim de tudo.

Acredito na passagem, e na consolidação de uma tarefa a que desde antes de nascermos somos pré-destinados a realizar.

Portanto, depois do dever cumprido, passamos a um plano espiritual superior a este que nossos olhos céticos veem.

Tornamos então, seres superiores. Infelizmente há espíritos que não consolidam sua missão. Há eles, o lamento de não terem sido espíritos de Luz.

Como idéia errônea, as trevas aparentemente mostram caminhos mais fáceis, desvios que optamos por comodismo, mas que depois temos que voltar e refazer o todo o caminho.

A luz exige renuncias, privações. Mas o apogeu é compensador, não temos dúvida disso.

É preciso enxergar além do obvio. Ver com o coração aberto o que cada situação quer nos mostrar.

- Diante das adversidades e da dor da perda. 29/12/2007 -

(*JR*)

Josi Renata
Enviado por Josi Renata em 28/04/2009
Reeditado em 03/08/2009
Código do texto: T1564105
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