A Mão do Homem

A mão do homem

No instante em que se abre,

Traz nela toda a humanidade

Um pedaço do caminho traçado

Por toda uma geração

A mão do homem

No instante em que se abre,

Tem a leveza de uma pluma

Quando nela se carrega o amor

A compreensão, o respeito, a dignidade.

A mão do homem

No instante em que se abre,

É capaz de transpor num simples gesto

A mais profunda verdade

Aquela que não foi dita, mas tocada.

A mão do homem

No instante em que se abre,

Transforma a guerra,

Renascendo dela

a beleza das flores.

A mão do homem

No instante em que se abre,

Torna-se grande o que é pequeno,

Eterno, o que era breve

renascido, o dilacerado.

A mão do homem

No instante em que se abre,

Não se pode fechar...

Porque nela se encontra Deus

Mostrando a saída, na mão do homem!

Poema escrito a partir, de uma imagem de extrema sensibilidade e essência, fotografada pelo meu amigo e artista Rony Corrêa.

Gisele Lima
Enviado por Gisele Lima em 23/08/2006
Reeditado em 24/08/2006
Código do texto: T223759