Há mais de três mil anos

Há mais de três mil anos

Lá no antigo Egito você viveu.

Você era nobre e eu plebeu.

Nos encontramos num lugar

que mal poderia imaginar.

Você foi às margens do rio Nilo

com seu séquito.Meu Deus, aquilo

era só luxo e esplendor!

Eu, era só um pobre lavrador.

Estava ali para tentar conseguir

encher bilhas de água par ir

até a casa dos meus pais afim de poder

os reservatórios domésticos abastecer.

Você ao me ver sorriu com ternura

sem imaginar que grande amargura

iríamos nós dois enfrentar

ao nos unirmos depois de muito amar.

Os sofrimentos foram idescritíveis,

as dores foram cruéis,terríveis.

Eu fui levado à prisão e açoitado

até morrer com o crânio esfacelado.

Você foi designada ao casamento

com um príncipe guerreiro,conquistador e ciumento.

Mas depois de três anos você se suicida

pela dor da minha partida e por sua vida sofrida.

O tempo seguiu,os séculos passaram.

Agora são novos tempos,mudaram

as vestes,mas os conteúdos permanecem.

Desafetos e afeições também não perecem

O guerreiro você já reencontrou

e por fim a expiação terminou.

Daqui pra frente tudo vai se transformar

para melhor.Não precisa mais chorar.

Eu posso pelo menos consola-la

e com afeição e carinho ampara-la

para que você viva com muita segurança

na luz da fé,da caridade e da esperança.

Para enxugar suas lágrimas e cicatrizar

sua feridas,vou vivendo para amar.

Continuo sendo o seu humilde servidor

para fazer da sua vida um poema de amor.

Mario Antonio Reis
Enviado por Mario Antonio Reis em 25/12/2010
Código do texto: T2691008