Escravo da liberdade

Navegando pela vida

Sete mares percorri

Cada palmo de terra virgem

Senti

Correntezas e tempestades

Quantos ciclones venci

Em busca da liberdade

Corri

Em cada porto uma novidade

Em cada ilha uma esperança

Cada minuto uma saudade

Dos meus tempos de criança

Tempos bons, tempos idos

Quão seriam bem-vindos

Tempos em que existia o chão

Tempos de falsa escravidão

Hoje refém da liberdade

Vivendo de esperança e saudade

À procura de um porto seguro

De uma casa, uma verdade

Até que num porto do oriente

Conheci um velho sábio, valente

E auscultando minha angústia

Assim falou num repente :

"Filho querido e amado

Sei que és corajoso

Correndo atrás do perigo

Tendo o perigo em seu bojo

Mas para achar o que queres

Mais coragem há de ter

Pois os perigos que passastes

São quimeras podes crer

As verdadeiras tempestades

De sentimentos maliciosos

Os ciclones grandiosos

Os mares mais perigosos

Isso tudo está em ti

Navega pois dentro do coração

Suporta as correntes da maldade

Arrebenta os laços da paixão

E conhecerás a verdade"

Edson Montemor
Enviado por Edson Montemor em 17/11/2006
Reeditado em 07/08/2008
Código do texto: T293711