Tesouro

Ninguém quer me sequestrar

avaliam de baixo quilate;

melhor assim, deixa estar,

mas, foi caro meu resgate.

Nos idos tive grilhões

muito tempo, por sinal;

pós muralhas de ilusões,

e me sentindo o tal.

Dizem, os bons são maioria,

e a maioria acredita;

onde só tem uma Maria,

claro, é Maria Bonita.

Também tive com certeza,

nos meus dias de prisão;

que conceituar por beleza,

a mera falta de opção.

Depois da metamorfose,

ví que a lagarta era feia;

pois acordei da hipnose,

o inseto rompeu a teia.

Minhas riquezas de agora,

transcendem ao efeito estufa

nem há ameaça lá fora,

dou expediente de pantufa.

Já não posso ficar pobre

mesmo indigno do troféu;

lanço alhures alguns cobres,

e tenho um tesouro no céu…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 05/06/2011
Código do texto: T3015195
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