Crer ou não crer; eis a questão!

Os raios matutinos

esfregaram a vidraça dos olhos,

e a marca da noite não apagou.

O cultor insensato

buscou entre abrolhos,

um cacho, e claro, não encontrou.

Essa loucura de crer,

faz ou desfaz a vida?

Impertinência que jaz à porta;

apontando pra outra,

a loucura que duvida;

mesmo sob a pecha, de loucura morta…

Mas não há ventura em quem cambia,

dando à dúvida, o assento da fé;

Inverte a gangorra da aporia,

muda as vestes o dilema,

avoluma-se, aliás,o problema,

e continua em pé…

Ai o drama é focado

por uma diversa lente:

É mais feliz quem pode acreditar?

Esperança futura,

é dádiva presente…

descrença, é nada aqui, e nada lá…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 07/08/2011
Código do texto: T3144959
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