ENGANO, FALSIDADE E GLÓRIA

Engano, Falsidade e Glória,

Serás tu realmente o todo poderoso?

Ou não passas do Senhor da escória?

Não será que somos nós que te fazemos tão formoso?

Sim podes até ser onipotente,

Mas não serias Deus se não fostes criador;

Quem a ti adoraria se nada haveria,

O que de ti seria sem tua criação clemente,

Clemente pelo retorno de nosso Salvador.

Salvador este que tu nos prometeste um dia,

Um Dia, Dia já passado e dia sempre novo,

Ficamos aqui a espera do retorno

Da Grande Boa Nova...

Mas espera, será que esta não já está entre nós?

Será que não somos nós que fazemos os nós?

O distúrbio, a confusão, tudo é tão imenso,

Até quando agüentarei a duvida insistente?

Até quando acreditarei que o distúrbio imenso

É maior do que teu Amor por mim;

Se sei que teu sentimento és tu,

E se sei que meus sentimentos são seus,

Por que tantos porquês?

Sei que és o Caminho da Verdade,

O Pão que desceu dos Céus,

O Deus que por nós carne se fez,

Que habitou entre nós, senhores da insanidade;

Por que temo aos desejos da Terra

E não àquele que me retirou do pó, da areia, da terra?

Por que não sei servir e no que sirvo malfeito faço?

Eu queria para ti oferecer a perfeição

Mas não o posso,

Não o consigo,

Porém, continuarei persistente, para quem sabe talvez...

Com, e somente com a tua Graça,

Eu possa ouvir mais uma vez,

Oh! Magnífico! O som de teus passos.