Palco da Verdade

Ser Verdadeiro...

Que brutal convite

A ser sozinho.

E escolher caminhos,

Ladeados de espinhos.

De vez em quando...uma flor.

Mais que uma flor...

Um oasis no deserto

Da indiferença humana,

Que de amar, quase sempre,

Nenhuma alma por certo...

Perto.

Ser verdadeiro...

Caminho dos loucos e

Dos poetas...

Que usam máscaras

Mais verdadeiras

Que o próprio rosto

Adulterado pelas

Pinturas da ilusão.

Ser verdadeiro...

Horenda e doce constatação

Em ser único...

No teatro da ilusão,

Camaleando a angustia

Da aceitação...

Que causa devastação

Da própria emoção.

Mas o show da vida

Continua...

Da massa...poucos

Se destacam por usar

A cara limpa.

A cara de espanto

Dos que deixam

De protagonizar

A vida de real realeza

Dos sentidos...

Que constróem

De verdade,

À revelia de um mundo

De faz-de-conta

E quando conta,

A platéia descobre...

Tarde de mais,

Triste de mais,

Que são eles

Quem representam

No palco do mundo,

Que, de amar

Verdadeiramente,

Tristemente...

Covardemente...

Não ousam.

Opus Sewaybricker

(Para Dimas, meu filho muito amado)

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 22/12/2006
Reeditado em 29/12/2006
Código do texto: T325659