Trago trancafiado no peito um desejo latente
De gritar aos quatro ventos um grito de liberdade
Cansada, pés sangrando das pedras pontiagudas
Ao subir e descer das encostas agrestes da vida

Só, como peregrino, desnuda ou vestida
No meio de tantos, moribundos e feridos
Que andam a esmo fugindo na escuridão
Da tétrica e fétida estação da ilusão

Um rio, uma barca, um barqueiro
Águas mansas e límpidas, a travessia
A esperança, o crepitar da chama da energia

Um grito que fez pulsar o coração aflito
Trespassou a Alma no refúgio da aurora
Enfim,  a luz surgiu, no meio da escuridão.

verita
Enviado por verita em 06/10/2011
Código do texto: T3261478
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