Versos Negros

Ode às Almas errantes
Seus mistérios e segredos
Suas sinfonias soturnas
Por orquestras decadentes
De instrumentos silenciosos

Apenas o som do vento
Atravessando o tempo
Que urge em seus ciclos
Desfalecendo em horas
Por lamentos de dor

Escondem-se nas profundezas
Consumidas por angústia
Conscientes da devastação
Condenadas à decadência
Grilhões da amarga ilusão.

Enclausuradas nos esquifes
Das frustrações e desejos
Na tumba, uma epígrafe
Versos negros, negros versos,
“Quem, por brumas, optou”.

verita
Enviado por verita em 19/02/2012
Código do texto: T3507324
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