Ainda não é tempo
Incessante, o refulgir da lâmpada escancara a luz no meu rosto.
Eu me pergunto se o meu imaterial se aquietou.
Ainda não é tempo, meu amigo.
Deveras, ele não se aquieta e o hábito não faz o monge.
Não é repousando o corpo que o espírito irá se acalmar.
Ainda não é tempo...
Apesar de tudo isso,
tamanha é a minha vontade de alçar
em elevação d´alma, que poderia mesmo permanecer
em silêncio e quietude se estivesse no tempo,
na paz das doze letras do nome de Deus.
Ainda não é tempo...
Olho de novo para o brilho da lâmpada,
encaro-a e pergunto: porquê?
Antes que você saiba como estar de acordo
com os desígnios de Deus, não terá paz.
Mas ainda não é tempo, diz o meu ego.
Ainda não é tempo...