Ainda não é tempo

Incessante, o refulgir da lâmpada escancara a luz no meu rosto.

Eu me pergunto se o meu imaterial se aquietou.

Ainda não é tempo, meu amigo.

Deveras, ele não se aquieta e o hábito não faz o monge.

Não é repousando o corpo que o espírito irá se acalmar.

Ainda não é tempo...

Apesar de tudo isso,

tamanha é a minha vontade de alçar

em elevação d´alma, que poderia mesmo permanecer

em silêncio e quietude se estivesse no tempo,

na paz das doze letras do nome de Deus.

Ainda não é tempo...

Olho de novo para o brilho da lâmpada,

encaro-a e pergunto: porquê?

Antes que você saiba como estar de acordo

com os desígnios de Deus, não terá paz.

Mas ainda não é tempo, diz o meu ego.

Ainda não é tempo...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 08/07/2012
Código do texto: T3767533
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