Dia Santo

As fogueiras foram acesas no sentido norte

Colocaram, Samanta Verediana e Rebeca.

Uma do lado da outra estavam perto da morte.

Acusação: bruxaria!

Em baixo das hastes estavam seus homicidas,

Xerofágicos com seus abades olham friamente para Rebeca,

Que suplicou por misericórdia.

Consultado o humano Santo, o fato foi dado como definido.

Samanta olhava para o infinito, como se falasse com algo,

Pediu perdão...

Escorreu as lagrimas de teus olhos e a lavareda foi acesa,

E aos berros ela viu a escuridão...

O povo cheio de euforia aplaudiam e cantavam,

E em torno da fogueira da Samanta, rodopiavam,

Os abades laçavam sorte sobre o vestido,

E Verediana pressentiu seu fim.

Então cantou uma ciranda macabra e sexuada mirando o episcopado Ronaldo,

Este desviou o olhar, mas lembrou da canção,

Um dia antes fora a mesma que ela cantou,

Em sua cama antes da oração.

Então o carrasco ateou fogo,

Rapidamente a palha queimou,

E com as cinzas ela levou,

Para o abismo onde o Filho não habitou.

Rebeca solicitou umas palavras.

Os abades a deixou.

Então berrou:

Maldito sejas o sacristão!

Que mata em nome da religião!

Maldito o religioso!

Que mata por ser invejoso!

Maldito o pastor, que não acolhe a ovelha!

Maldito este júri que traiu Cristo!

guido campos
Enviado por guido campos em 22/03/2013
Código do texto: T4201710
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