E viva São João!

Nos meus tempos de menino, lá no interior, momento esperado era dia de São João, com grande emoção.

Pular fogueira, fazer promessas, estourar bombinhas, contar histórias a beira da fogueira, tomando quentão.

Dançando e cantando, com a fita na mão. Comendo doce de abóbora, de batata-doce para, depois, soltar rojão.

Rezar para o santo, pedindo benção e proteção, era algo que mexia profundamente com a minha imaginação.

Mas, muito mais que isto, o calor e a luz da fogueira, o carinho das gentes simples, certamente, é que marcaram a minha alma e incendiaram meu coração.

São por essas e por aquela primeira razão é que me fiz devoto, mesmo sem religião. Pois, cedo aprendi que o que vale mesmo é amar as pessoas de montão.

E, viva o divino São João!