Parede de vidro

Talvez eu fique para sempre nos meus sonhos

em uma dessas minhas viagens astrais,

metade de mim pede para ficar, outra não.

A gravidade pressiona-me e covardemente,

recolho-me e não infrinjo a lei, existe uma regra,

atrás de uma parede de vidro.

Tenho permissão dos céus e posso rever meu passado,

meus amores, meus entes queridos, meus acertos e desacertos

e ainda ver meu futuro.

Lúcida, não posso abraçá-los, não posso tocá-los e nem mudar meu destino, não quero retornar-me...Quero ficar na pátria (mãe).

Mas, sinto a pressão atmosférica afunilar e impotente, sinto comprimida e sou levada para dentro de um túnel e sem Forças, aprisionada volto ao estado efêmero da carne.

Tania Aparecida de Oliveira

Tania Aparecida de oliveira
Enviado por Tania Aparecida de oliveira em 30/07/2014
Reeditado em 30/07/2014
Código do texto: T4903342
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